terça-feira, abril 07, 2009

Entre duas enormes pedras o escorpião reluz na claridade, negro e místico como a sombra da Lua…

As horas passam e ele não se move, aguarda o melhor momento para actuar. Como um bom caçador, sabe esperar, um dom que germinou com ele, em eras remotas, e que sempre lhe trouxe bons desfechos…

Paira no avançar do tempo, incólume a tudo e todos. Expectante e diabolicamente sereno, observa os circundantes com uma visão milimétrica e vai construindo o seu puzzle, sem que se note o mínimo de movimento…

O calor abranda e o crepúsculo espreita…o seu ferrão venenoso começa a erguer-se de forma magistral. À sua frente, um condenado ser, vagueia alegremente sem notar a sua presença…

O escorpião principia movimentos e a auto-confiança varre-lhe as veias…num ápice ferra as suas pinças no inocente ser que por ali deambulava…sem máculas e sem querer saber porque o fez…

O veneno entranha-se e em poucos segundos o ser entra em colapso…o escorpião na sua frieza ignora-o e abandona o local, serenamente…

O escorpião não mente mas omite…
Não ameaça mas realiza…
Não confia mas quer confiança…

Move-se apenas na certeza, para nos inundar, em poucos segundos, de um doce veneno que nos pode ceifar ou apenas adormecer…

No lento veneno do esquecimento, a glória toma-se em pequenas doses, sem antídotos que consigam travar a mordida do Escorpião…

A esperança é um alimento da nossa alma, ao qual se mistura sempre o veneno do medo
– Voltaire

sábado, novembro 08, 2008

Diario de viagem

Querido diario,
haha, zuera, nao vou esculhambar com esse diario.
Comeco com um considera'vel atraso estes meus relatos mais nao e' a toa, assim poupo-lhes, caros leitores, de leviandades prescindiveis e trivialidades do dia a dia, restando apenas oque foi importante o suficiente para que eu nao esquecesse mas tambem nao significa que nao poderei retratar com a devida medida de detalhes pois as imagens que tenho em minha mente ainda se encontram muito vivas.

Ainda no aeroporto, na Italia, me senti, como a muito nao sentia, solitario no meio da multidao, naquele movimento frenetico de saida e chegada de voos, e eu ali sem saber o que fazer para passar esse tempo quase que infindavel de, se nao me engano, 6 horas pra pegar o aviao para Belgrado. Decidi comprar souvenirs de Roma, pois bem, nunca tinha comprado nada nessa tal de moeda "Euro" antes, mas tudo me pareceu muito caro quando convertia para Reais, vi varias porcariazinhas que custavam uma fortuna e logo desisti da ideia. Paguei 30 Euros num almoco nao muito extravagante que me desceu salgado demais. Voltei para o saguao de espera/embarque e me contentei em me entreter observando a multidao. Conversei com um rapaz simpatico que voltava dos estados unidos para Istambul, logo ele se foi e apos algumas horas chegou a minha vez.
No aviao sentei com um grupo de jovens servios com os quais ja pude ter a primeira e previa impressao do que eu iria encontrar do povo servio, as mocas muito bonitas e os rapazes altos e bobalhoes, rsrs, brincadeira, sao muito gente boa.
Ao desembarcar, encontrei com Franja (le-se Frania) e Maja (le-se Maia). Eles me receberam e sentamos num cafe' para uma breve introducao e conversa. Ali ja conquistei a simpatia do garcom que nos atendeu ao saber que vinha do Brasil. Falou-se algo sobre Pele e samba e alguns outros cliches. continua...

terça-feira, outubro 28, 2008

Melhores piadas do mundo

Batman pegou seu bat-sapato social e seu bat-blazer. Aonde ele foi?
Resp: A um Bat-zado...
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Dois litros de leite atravessaram a rua e foram atropelados. Um morreu, o outro não, por quê?
Resp: Porque um deles era Longa Vida...
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Se o cachorro tivesse religião, qual seria?
Resp: Cão-domblé
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O que o cavalo foi fazer no orelhão?
Resp: Passar um trote...
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O que dá o cruzamento de pão, queijo e um macaco?
Resp: X-panzé
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Por que na Argentina as vacas vivem olhando pro céu?
Resp: Porque tem 'Boi nos Aires'!
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Você sabe qual e o contrário de volátil?
Resp: Vem cá sobrinho.
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Como se fala top-less em chinês?
Resp: Xem-chu-tian.
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chega...

sexta-feira, agosto 18, 2006

teste

estou testando o windows live writer..

terça-feira, janeiro 17, 2006

"Permita-me dar a você um exemplo da dialética do Sr. Proudon.
A liberdade e a escravidão constituem um antagonismo. Não há nenhuma necessidade para mim falar dos aspectos bons ou maus da liberdade. Quanto à escravidão, não há nenhuma necessidade para mim falar de seus aspectos maus. A única coisa que requer explanação é o lado bom da escravidão. Eu não me refiro à escravidão indireta, a escravidão do proletariado; eu refiro-me à escravidão direta, à escravidão dos pretos no Suriname, no Brasil, nas regiões do sul da América do Norte.
A escravidão direta é tanto quanto o pivô em cima do qual nosso industrialismo dos dias de hoje faz girar a maquinaria, o crédito, etc. Sem escravidão não haveria nenhum algodão, sem algodão não haveria nenhuma indústria moderna. É a escravidão que tem dado valor às colônias, foram as colônias que criaram o comércio mundial, e o comércio mundial é a condição necessária para a indústria de máquina em grande escala. Conseqüentemente, antes do comércio de escravos, as colônias emitiram muito poucos produtos ao mundo velho, e não mudaram visivelmente a cara do mundo. A escravidão é conseqüentemente uma categoria econômica de suprema importância. Sem escravidão, a América do Norte, a nação a mais progressista, ter-se-ia transformado em um país patriarcal. Apenas apague a América do Norte do mapa e você conseguirá anarquia, a deterioração completa do comércio e da civilização moderna. Mas abolir com a escravidão seria varrer a América para fora do mapa. Sendo uma categoria econômica, a escravidão existiu em todas as nações desde o começo do mundo. Tudo que as nações modernas conseguiram foi disfarçar a escravidão em casa e importá-la abertamente no Novo Mundo. Após estas reflexões sobre escravidão, que o bom Sr. Proudhon fará? Procurará a síntese da liberdade e da escravidão, o verdadeiro caminho dourado, em outras palavras o equilíbrio entre a escravidão e a liberdade. "

Carta de Karl Marx a Pavel Vasilyevich Annenkov, Paris
Escrita em 28 de dezembro de 1846 Rue dOrleans, 42, Faubourg Namur.
Fonte: Marx Engels Collected Works, vol. 38, p. 95.
Editor: International Publishers (1975)
"Descendo sobre este montículo de lama e não tendo maiores noções a respeito do homem, como este não tem a respeito dos habitantes de Marte ou de Júpiter, desembarco às margens do oceano, no país da Cafraria, e começo a procurar um homem. Vejo macacos, elefantes e negros. Todos parecem ter algum lampejo de uma razão imperfeita. Uns e outros possuem uma linguagem que não compreendo e todas as suas ações parecem igualmente relacionar-se com um certo fim. Se julgasse as coisas pelo primeiro efeito que me causam, inclinar-me-ia a crer, inicialmente, que de todos esses seres o elefante é o animal racional. Contudo, para nada decidir levianamente tomo filhotes dessas várias bestas. Examino um filhote de negro de seis meses, um elefantezinho, um macaquinho, um leãozinho, um cachorrinho. Vejo, sem poder duvidar, que esses jovens animais possuem incomparavelmente mais força e destreza, mais idéias, mais paixões, mais memória do que o negrinho e que exprimem muito mais sensivelmente todos os seus desejos do que ele. Entretanto, ao cabo de certo tempo, o negrinho possui tantas idéias quanto todos eles. Chego mesmo a perceber que os animais negros possuem entre si uma linguagem bem mais articulada e variada do que a dos outros animais. Tive tempo de aprender tal linguagem e, enfim, de tanto observar o pequeno grau de superioridade que a longo prazo apresentam em relação aos macacos e aos elefantes, arrisco-me a julgar que efetivamente ali está o homem. E forneço a mim mesmo esta definição:
O homem é um animal preto que possui lã sobre a cabeça, caminha sobre duas patas, é quase tão destro quanto um símio, é menos forte do que outros animais de seu tamanho, provido de um pouco mais de idéias do que eles e dotado de maior facilidade de expressão. Ademais, está submetido igualmente às mesmas necessidades que os outros, nascendo, vivendo e morrendo exatamente como eles.
Após ter passado certo tempo entre essa espécie, desloco-me rumo às regiões marítimas das Índias Orientais. Surpreendo-me com o que vejo: os elefantes, os leões, os macacos e os papagaios não são exatamente como eram na Cafraria; mas o homem, esse parece-me absolutamente diferente. Agora são homens de um belo tom amarelo, não possuem lã, mas têm a cabeça coberta de grandes crinas negras. Parecem ter sobre as coisas idéias totalmente contrárias às dos negros. Sou, portanto, forçado a mudar minha definição e a classificar a natureza humana sob duas espé­cies: a negra com lã e a amarela com crina.
Mas, na Batávia, em Goa e em Surata, ponto de encontro de todas as nações, vejo uma grande multidão de europeus. São brancos, não possuem lã ou crina, mas cabelos louros bem soltos e barba no queixo. Mostram-me também muitos americanos, que não possuem barba. Eis minha definição e minhas espécies de homem bastante ampliadas.
Em Goa encontro uma espécie ainda mais singular do que todas essas. Trata-se de um homem vestido com uma longa batina negra, dizendo-se feito para instruir os outros. Todos esses homens que vedes, diz-me ele, nasceram de um mesmo pai. E, então, conta-me uma longa história. No entanto, o que diz esse animal soa-me bastante suspeito. Informo-me se um negro e uma negra, de lã negra e nariz chato, engendram algumas vezes crianças brancas, de cabelos louros, nariz aquilino e olhos azuis, se nações imberbes vieram de povos barbados e se os brancos e as brancas engendraram povos amarelos. Respondem-me que não, que os negros transplantados, por exemplo, para a Alemanha continuam produzindo negros, a menos que os alemães se encarreguem de mudar a espécie, e assim por diante. Acrescentam que um homem instruído nunca diria que as espécies não misturadas degeneram, a não ser o Padre Dubos, que disse tal besteira num livro intitulado Reflexões sobre a Pintura e sobre a Forma etc.
Quer me parecer que agora estou muito bem fundamentado para crer que os homens são como as árvores: assim como as pereiras, os ciprestes, os carvalhos e os abricoteiros não vêm de uma mesma árvore, assim também os brancos barbados, os negros de lã, os amarelos com crina e os homens imberbes não vêm do mesmo homem. "

Voltaire, Tratado de Metafísica, cap. I (Os Pensadores). São Paulo: Abril, 1978, p.62,63.

segunda-feira, junho 20, 2005

Let him that hath understanding count the number of the beast: for it is the number of a man; and his number is Six hundred threescore and six.

sábado, maio 21, 2005

sketches de futuros posts..

- falta de educação leva a transgreção
- porque muitas vezes sucumbo a preguiça e nao cumpro com meus deveres?
- pq o céu é azul (ensaio pra o questionamento da realidade)
- the book is on the table - tenho q lembrar de levar em frente o meu projeto do blog em ingles pra minha amiga gringa poder ler qualker bobagem q seja de mim..

foda-se tudo pq estou com mt sono pra ter educação nessa hora..

ps - tb tenho q lembrar de passar os textos q escrevi alguns anos atraz aki pro computador e postar logo pra poder jogar os papeis fora..

blog maldito! me fez perder horas preciosas de sono.. só por castigo fico mais uma semana sem postar aki.. =P